Encontro Ibero-americano de Desenvolvimento Sustentável

“Não podemos resolver problemas usando o mesmo tipo de pensamento que usamos quando os criamos” – Albert Einstein

Local: Foz do Iguaçu. Brasil Data: De 18 a 20 de novembro Inscrição: Gratuita.

Seguindo com a linha de trabalho que a Fundação CONAMA começou a desenvolver durante o ano de 2008 sobre a mudança global, pretende-se apresentar uma nova edição do Encontro Ibero-americano do Meio Ambiente (EIMA) em 2009, em torno desta temática.

Após um dos períodos históricos de maior crescimento econômico, a humanidade enfrenta uma nova época de grande complexidade marcada, além da grave crise econômica atual, pela gravidade do impacto humano sobre a biosfera, a chamada Mudança Global.

Iniciamos um novo período histórico condicionado pela dimensão de tal impacto e sua crescente projeção em múltiplas frentes: o crescimento da pegada ecológica no planeta, a mudança climática, a crescente deterioração generalizada da biodiversidade ou os problemas derivados da escassez relativa de recursos básicos como o petróleo ou certos alimentos. No fundo, encontra-se a questão da sustentabilidade dos atuais padrões do desenvolvimento humano com relação à preservação dos ciclos vitais do planeta.

Nestes momentos de crise quando está sendo colocado em dúvida o fundamento do mercado financeiro ou o papel de algumas instituições outrora intocáveis, quando devemos por sob suspeita o chamado progresso que conduz a uma alarmante deterioração ambiental, devemos nos perguntar se esta crise global ou a mudança climática de origem antropogênica, esta última um claro indicador da Mudança Global, são sintomas de um desenvolvimento não sustentável e, por isso, não digno da inteligência do homem.

De uma maneira geral, nas coordenadas do encontro se enquadrarão as sensibilidades que emanam das Nações Unidas em torno dos “Objetivos do Milênio”, a “Avaliação de Ecossistemas do Milênio”, a “Mudança Climática e o Protocolo de Kioto”, etc, que apontam para um novo desafio ambiental sistêmico e global que requer a formulação de um “novo paradigma” na relação sociedade-biosfera com projeção na ética, na cultura, na política, etc.

Em um plano mais concreto será feita uma seleção dos temas mais representativos no contexto ibero-americano em relação com a mudança global para serem tratados de forma mais específica sobre a base de que:

• É necessário, dado o caráter global dos desafios ambientais, aceitar que o planeta deve avançar na redução da carga ambiental e climática (pegada ecológica) que incide sobre uma biosfera global e desigualmente transbordada. E a esse avanço há de se adicionar o conjunto dos setores chave do planeta com incidência significativa (ou seja, no caso da energia/clima, também haverá que analisar os “setores difusos” como o transporte, a construção, etc.).
• Trata-se de vislumbrar um período de transição que permita avançar para novas lógicas do desenvolvimento socioeconômico as quais deverão contemplar múltiplas linhas de ação em torno da mitigação/adaptação à Mudança Global: adequar a escala econômica e os padrões de consumo aos limites biosféricos; reconhecimento dos serviços ambientais gerados pelos ecossistemas; maior coerência da ação antrópica com relação à sustentabilidade e resiliência dos ciclos biofísicos vitais; maior ecoeficiência nos ciclos de vida para conseguir reduzir significativamente o impacto ambiental por unidade de produto/serviço; inovação nos conteúdos e formas de “governança”, etc.
• O tempo para atuar diminui; já não dispomos de amplas margens temporais para reconduzir a pegada ecológica humana sobre o planeta para dimensões mais sustentáveis.
   

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